segunda-feira, 12 de abril de 2010

Não penso mais...

A Estrada,
O Jardim,
O infinito de nada,
Cheguei, por fim!

Engano-me?
Talvez sim.
Interrogo-me,
O que será de mim?

Não penso mais...

Salto o gradeamento,
E que visão!
Trouxe um contentamento
Perdi a noção.

Ando mais um pouco,
Inspiro fundo
Onde tudo é louco,
Mas que Mundo!

Não penso mais...

Dou por mim a correr,
Como se não houvesse amanhã.
Esboço um sorriso por ver,
Tão alegre manhã.

O céu ondula,
Nas nuvens do mar,
A imaginação pula
E ganha asas para voar.

Não penso mais...
Sigo o caminho que vejo
Não paro mais...
Aqui está o que desejo!

sábado, 10 de abril de 2010

Sorrir

Numa planicie perdida,
Num quarto escondida,
Numa estrada comprida,
Num momento de vida.

A lágrima escorre,
Na pálida tez.
E morre!
Limpei-a de uma vez!

E agora?
Que faço?
Porque demora?
Basta um só passo!

E quando te sentires triste,
De tanto rir,
Alegra-te, porque viste...
Como é o meu sorrir!

Memórias...

Sentado aqui ao pé de mim,
Paira o rosto que nunca mais vi.
Vou ao meu Jardim,
E lembro-me de ti

Faço tempo,
Olho o céu...
Esgota-se o momento,
E cai o véu.

E, quando ele cai,
Mostra o rosto em pranto.
Há algo que se vai
E faz-me perder tanto...

E, quando” falavas”,
Via-te novamente.
Lembro-me que me adoravas,
E sorrio calorosamente.

Que bom este calor!
E que bem me faz
Lembra-me o teu amor...
Descanso em paz.

Liberdade

Podia dizer tanto
Mas não digo
Pois fico num pranto
Que é já antigo.

Passo à frente
A rua olha-me
Vejo gente
E a chuva molha-me.

Vejo uma montra
E nela, o meu reflexo
E eis que encontra
Aquilo que é complexo.

Nas ruas da amargura
Continuo o meu caminho
Encontro ternura
E saio um bocadinho.

Com toda a garra,
Espreito lá fora
E eis que já não me amarra
Nesta vida já não mora!

Canta!
Fá-lo como se não houvesse amanhã.
Chora!
E lava os olhos de manhã.

O cigarro

Fumando um cigarro,
Penso em tudo o que tenho
E assim narro
A minha vida de engenho.

Vê-se a Nuvem
E tudo o que ela rodeia
Imagino o que vem
E a beleza que incendeia.

Aquilo que ela traz
Não vê quem quer
Há algo por trás
Para apenas quem souber.

Apaga-se o descontentamento
E mais nítido tudo se torna
E no conhecimento,
É a dúvida que se forma.

Escondo-me

Escondo-me atrás da tua sombra,
Esperando um sinal de ti,
É um sentimento que me assombra,
Será melhor ficar por aqui?

Escondo-me atrás do meu sorriso,
Esperando um teu de volta,
Sinto-me no paraíso,
E entranho a minha revolta.

Escondo-me e anseio,
Que algo me digas,
Não se trata de um torneio,
Nem de meras cantigas.

Escondo-me na esperança,
De que assim,
Consiga ganhar confiança,
E mostre o que está dentro de mim.

Escondo-me esperando,
Que venhas até mim,
E vou contando,
Os dias que faltam até ao fim.

Escondo-me como num jogo,
E ninguém repara,
É como um fogo,
Que ninguém pára.

Não passará disto até que repares.
Estou escondida mas posso ser encontrada,
Basta que me estiques a mão e digas: vem comigo, eu cuido de ti!

Pensamento

Sem me aperceber,
Tudo acontece.
E sem querer,
Sei que apetece.

Sinto-me feliz,
E a noite é quente,
A alma não diz,
Mas o corpo não mente.

Chamaste por mim,
Não liguei.
Mas quando vens assim,
Pergunto-me como resistirei.

O teu sorriso,
Devora o meu olhar.
Não me mentalizo,
E deixo-me levar.

Olho infinitamente,
Fico pensativa,
Tenho-te à minha frente,
E há algo que me cativa.

É desejo.
Algo que sinto,
Que em ti vejo,
E não minto.

Quero dizer,
Aquilo que sempre quis.
Quero viver,
O que um simples beijo diz.

Poema à Amizade

Os nossos momentos,
Ninguém nos pode tirar,
Nem aqueles tempos,
Que gostamos de recordar.

Estou sempre aqui para ti,
Como tu estás para mim,
Somos como nunca vi,
E resistiremos até ao fim.

E quando te sentires perdida,
Sem mais nada onde te agarrar,
Sabes à partida,
Que eu aqui irei estar.

Nunca te esqueças de mim,
É tudo o que peço,
Uma amizade assim,
É o meu reflexo.

Tudo o que passámos,
É talvez irreal,
Mudámos,
Mas a amizade continua como cal.

És parte de mim,
A todo o momento
Uma ligação assim,
Não é levada pelo vento.

Para ti que és o meu amparo,
Para ti que és força de viver,
E que faz com que um disparo,
Não seja para morrer.

Poema à Madrinha

O tempo voa,
Estás na recta final
Mas é coisa boa,
E de modo algum banal.

Viveste momentos,
Que nunca irás esquecer
E sentimentos
Que irão permanecer.

A alegria académica,
A companhia dos colegas,
A polémica,
E aquilo que viveste na Egas.

O futuro é incerto,
Algo para trás deixaste,
É um livro em aberto,
Que ainda não terminaste.

Todas as alegrias e tormentas,
Em ti ficarão gravadas,
Se calhar aparentas,
E sabes que retornavas.

Mas agora é em frente,
Muita felicidade virá,
E um destino que não mente,
É o que a afilhada sempre te desejará.

Boas recordações
Terei sempre de ti
E de todas as situações
Que contigo vivi.

Da tua afilhada,

Um grande Abraço Académico e muito boa Sorte!

Cativa-me, Conquista-me, Convence-me

Anseio voltar a ouvir,
As palavras que me dizias.
Nesse dia vou sorrir,
Ao ver que não partirias.

Convence-me! Disse-te eu.
E tu o fazias,
Com um jeito só teu,
Sabendo o que querias.

Cativa-me,
Conquista-me,
Convence-me,
De que nada foi em vão.

Dou por mim a pensar em ti,
Como folhas levadas pelo vento,
Tento cair em mim,
Mas é tudo tão lento...

Revivo a chama acesa,
Que ardia em nós.
Poria as cartas na mesa
E ergueria a voz?

Conquista-me! Dirte-ia eu.
Mas já o fizeste.
Já te dei o que é meu.
E tu? O que me deste?

Cativa-me,
Conquista-me,
Convence-me,
De que tudo não acabou.